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Snake: O final da saga em Metal Gear Solid
Já dizia o senhor Chan-San: "Tudo que é demais estraga, por exemplo, repetir um prato de yakissoba faz mal e sai caro, afinal, com a alta dos alimentos, o prato já está custando os olhos da cara, e não é do tamanho dos olhinhos orientais, não". Mas ainda bem que a galera da Konami não pensa assim, senão como ficaríamos sem "Metal Gear Solid 4?"
"Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots" marca o fnal da saga de Solid Snake, o personagem central do game. A história do jogo se passa no ano de 2014, mas lá não diz se a Copa do Mundo está rolando no Brasil, mas tudo bem, nessa seqüência, o agente já está sendo chamado de Old e não muito good Snake. Isso por que ele contraiu um vírus em Metal Gear Solid que causa um tipo de envelhecimento precoce.
Nesta aventura, Old Snake vê seu arquiinimigo, Liquid Ocelot, com poder de fogo suficiente para enfrentar os Estados Unidos (grande coisa, Fidel e Chavez faziam isso com muito menos) e vencer a batalha. O vilão pretende dominar a nanotecnologia, assim conseguiria dominar o mundo e assistir ao concurso miss universo em tela de 50 polegadas com raios-x.
Para variar um pouquinho, o cenário da guerra é o Oriente Médio: que falta de criatividade desse povo, tudo tem que rolar por lá, por que não vem conhecer o Rio?
Alguns fatores foram revistos no game, por exemplo, se Snake quisesse dar uma de Rambo, correr atirando pra todo lado, beleza, vá lá, meu filho, nem dá nada. Só pegar as armas da galera e fogo. Mas Metal Gear ainda mantém seus momentos furtivos, de andar devagarzinho, esconder-se nas sombras, igual marido que chega tarde em casa. Boa parte dos games extras tem essa característica furtiva, não se pode ao menos matar um inimigozinho que fica de bobeira por ali.
Não pense que cumprir esse tipo de missão será difícil, alguns sistemas de camuflagens foram inseridos, como o Octamo, que faz Snake se transformar em um tipo de camaleão, podendo ficar com as cores da parede e ainda degustar algum mosquito, e um tipo de óculos que, além de funcionar como binóculos, microscópio e dar informações dos inimigos, ainda ajuda contra miopia, e o MK2, um robozinho que ajudará a fazer reconhecimento de terrenos inimigos.
Além dos menus conhecidos de Snake, outros dois foram adicionados: o Psyche, que mede o estado de degeneração do personagem (é possível sentir pelo cheiro também), e o estresse, que mede o nível de tensão do cara quando fica muito tempo de cócoras, aguardando o momento de dar uma pancada no inimigo.
O gráfico do game não deixa nada a desejar. Os personagens são bem detalhados, com expressões, rugas, pés-de-galinha, cicatrizes, etc. Os cenários ganharam rachaduras, pinturas deterioradas, efeitos de fumaça e de poeira e terra (ou você acha que ele só cumpre missões em lugares bonitinhos?).
A Konami poderia ter deixado o game bom, mas não, ela quis mais, quis deixá-lo muito bom, assim foi criado o sistema on-line. O sistema funcionará como um jogo à parte, em um futuro próximo, por enquanto, é um tipo mata-mata em até 16 jogadores.
Para isso, é necessário um cadastro na Konami para ter acesso à criação de personagens. Existem outras possibilidades de jogo, como um tipo de captura de bases inimigas sem direito a reféns. Como no sistema Counter-strike, existe a possibilidade de compra de armas e equipamentos também. Mas tudo isso não passa de uma pequena degustação, a Konami promete mais. E olha que ela cumpre.
Ficha técnica
Nome: "Metal Gear Solid 4"
Produtora: Konami
Plataforma: PS3
Gênero: Rambo com um pouquinho de discrição
Faixa etária: 18 anos
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