quinta-feira, 15 de maio de 2008

Quinta-feira é dia de game


Kung Fu Panda

Imagine só uma galera que luta kung fu baseado nos movimentos dos animais. Claro que isso já existe e, por isso, nem ficou tão difícil de imaginar. Até aí, nada novo, mas e se os mestres dessa arte forem, além de especialistas na luta, os próprios animais que inspiraram o estilo do kung fu? Pois é, aí a coisa começa a mudar de rumo, sai do Telecine Action para o Animal Planet na hora.

A animação “Kung Fu Panda” nem chegou às salas dos cinemas e barraquinhas de filmes alternativos e já está dando suas patadas na área dos consoles domésticos. O game promete muita diversão.

Po, nome do simpático Panda e personagem principal da história, foi treinado na milenar arte do Kung Fu. Ele anda de bicicleta usando chapeuzinho em formato de cone curto e come arroz com pauzinhos. Mas o que o cara sabe fazer de melhor é dar pancadas. Além disso, o que tem de lutador, tem de preguiçoso; o panda é mais dorminhoco que estudante pós-graduando.

Gosta tanto de travesseiro quanto o fenômeno trocar de marcha no câmbio manual. Mas como pouca caca de bebê na pampers é bobagem, a China se encontra em grande perigo, e o Panda foi o escolhido para salvar toda a chinesada desesperada das mãos de um guerreiro maligno (ou vocês estavam achando que ele ia enfrentar os monges tibetanos tentando queimar a muralha da China com incenso?).

A trajetória do game é simples, o objetivo é conduzir o Panda através das diversas fases do jogo, lutando contra os mais diversos bichinhos bonitinhos que gritam “iá” e dão patadas para todo lado. É tanto bicho gritando que fica pior que os antigos filmes de Kung Fu em preto e branco da “Poltrona R” da Record (que desenterrada essa, hein?).

A jogabilidade é bem simples, não traz nenhum golpe secreto ou movimentos complicados como do Geese Howard em "Fatal Fury", que especialzinho mais cheio de frufru para se fazer era aquele, hein?

Mas a simplicidade do jogo não o deixa maçante. A narrativa do game, feita por Jack Black, o deixa mais atrativo. Aliás, esse é outro ponto alto do game, as vozes dos personagens são interpretadas por atores famosos, além de Black, está presente uma galera que dispensa apresentações: Angelina Jolie ("Tomb Raider"), Dustin Hoffyman ("Rain Man"), Lucy Liu ("As panteras") e o mestre Jackie Chan (são tantos filmes, mas vá lá, "Hora do Rush!").

O visual do game é muito bom e agradável, claro, nasceu de uma animação, então é como estar interagindo com o próprio longa. "Kung Fu Panda" prende do começo ao fim.

O jogo contém alguns dos itens essenciais para um bom game, é engraçado, divertido e possui comandos tão fáceis que até os jogadores de Atari não se atrapalhariam com os botões.

Nome do Game: "Kung Fu Panda"

Desenvolvedor: Luxoflux

Gênero: Aventura

Plataformas: PS3, Xbox 360, PC, Wii, DS PS2

Jogadores: 1 - 2

Saudade!

Os games de RPG e estratégia sempre tiveram uma legião de fãs um pouco reduzida se comparada aos jogos de lutas, como "Street Fighter" e "Mortal Kombat", ou de aventuras, como "Tomb Raider" e "Supermário".

A dificuldade nesse tipo de game era um dos fatores mais assustadores. Na época do "Primo Cruzado e Poderoso Benson" na Globo, um game chamava a atenção pelas batalhas épicas estilo Gengis Khan.

O jogo era "Romance IV", e nos deixava no papel de comandante de uma tropa; o objetivo era conquistar outros territórios e detonar inimigos, mas, claro, com uma certa complexidade típica de jogos de estratégia.

Nunca consegui sair do começo do game, da parte do blablablá. Na época em que trabalhei em uma locadora de jogos, um carinha sempre aparecia aos sábados para alugar aquele game. Eu imaginava: será doido?

Na verdade, foi um dos caras mais inteligentes que já conheci, e o único que chegou nos finalmentes do game e ainda deu umas dicas de como jogar. Valeu, Edson Zambom (in memorian).

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